sexta-feira, 22 de abril de 2011

OS 7 CONTOS DE SINISTRA-PARTE 2

 O conto abaixo é o segundo selecionado dos contos de Sinistra(Os 7 contos de Sinistra).Boa leitura!

Deixe-o descansar ou descanse com ele

Quarta- feira,umas 15:00 horas.Voltava da educação física com as colegas e na rua um assunto: “de que ele morreu?,quem morreu?’’.
Logo a noticia se espalhou,cada um fantasiava a historia como queria.Mas a verdade era só uma:um cara tinha morrido em casa.Seria até “normal’’,se não fosse daquele jeito.A policia encontrou o corpo no porão da casa.Já tinham duas semanas da morte do homem,porém,só deram sua falta quando o cheiro de carne podre invadiu as casas vizinhas.Duas hipóteses:ele tinha bebido muito,caiu,bateu a cabeça no chão e se foi.Outra:enforcou-se,tinha uma corda no teto.Bastaria uma investigação.
Semanas depois,nenhuma das suposições.A coisa era mais estranha do que se imaginava.O caso foi sendo deixado para trás.
Certa vez,a policial que achou o corpo teve um pesadelo com o homem.Ele pedia socorro e queria que uma chave fosse jogada em seu túmulo.Assustada,ela se vestiu,entrou em seu carro e foi até onde morava o homem.
Chovia muito forte na hora,trovejava,relampeava e fazia muito frio.Mesmo sonolenta, estava destinada a encontrar a chave.Chegou na casa toda molhada.Lá não tinha iluminação.Carregava uma lanterna,acendeu-a mas a pilha acabou.Achou um toco de vela e uma caixa de fósforos.Com a vela acesa revirou a casa.Sentiu uma brisa no rosto que proporcionou calafrios.Era quase meia noite.Faltava um lugar para ser revistado:o porão onde encontraram o corpo.
Desceu a escadaria barulhenta,olhando a corda no teto.O sentimento de medo se misturava com tristeza diante da situação.Vinha um filme do que aconteceu em sua cabeça[...]Cuidadosamente,revirou tudo e encontrou a chave.
Entrou novamente no carro  e acelerou,a caminho do cemitério.Já era madrugada.Abriu o portão(a capa de chuva que usava não adiantava para nada),carregando uma pá.Cavou o túmulo do homem.Tampou a chave por cima do caixão.De repente,sentiu algo agarrando seus pés,uma mão com finos ossos machucavam seu calcanhar,mas ela não via nada!Caiu no túmulo e desmaiou.
Depois disso,o coveiro,pela manhã,tampou o túmulo,enterrando a mulher viva sem saber e reclamando:
_Que droga!Se eu pego o maldito que abriu esse buraco,eu mato!!!Aposto que queria roubar o túmulo.Nem depois que morre se pode descansar em paz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário